quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Crônica para duas estrelas















Ser mãe não é só um estado físico, não é "simplesmente", não é uma alegria qualquer por um momento mágico. Ter um filho é decidir conhecer o amor "divino", isso é para poucos, pois esse amor vem em forma de furacão e calmaria, de posse e doação, de desepero e felicidade. Passamos a conhecer o limite, o contrário, o a favor de tudo, é ser contente até mesmo com o descontente. Isso é dificil demais, por isso Deus escolhe muito bem que vai receber este amor. Conhecer o céu e poder ter as estrelas que irão iluminar sua vida para todo o seu sempre.
Hoje, aqui estou lendo este livro da minha vida, 21 anos após a primeira vez e 17 anos depois da segunda vez, iluminada pela luz das minhas estrelas.
Tantos anos e para mim aquelas pequenas anjinhas, com olhar doce e implorando a segurança do colo quente de mãe, esperando o abraço que vai fazer passar todas as dores, continuam as mesmas, 21 e 17 anos depois, os olhares, mesmo que elas não percebam , continuam os mesmos
cada vez que uma ansiedade, uma dúvida, uma tristeza abalam seus corações, cada vez que o medo vem em forma de dor de barriga ou pressão baixa, mesmo que elas sejam auto suficientes, decididas, o colo quente é o remédio que acalma. Não sabem elas que cada vez que isso acontece eu perco um pedacinho de mim mesma, ver um filho triste é uma enxurrada, é um soco no peito de tirar o ar, é um sentimento de dor que só as mães podem sentir e ao confortar um filho e ve-lo sorrir é flutuar em nuvens, sentir cheiro de felicidade, isso também só as mães sentem.
Ver o tempo passar tanto tempo, ver se repetir aqueles dias que eu me tornei dona desta felicidade é muito. Tempo que diz tanto, que mostra em carne, osso e alma o que fizemos juntas, o time que formamos, apesar de todas as diferenças e discordâncias, temos em nós o amor, aquele que sempre escutamos dizer , o incondicional, o resiliente, o paciente, o santo, aquele amor que não precisa de nada para se fortalecer, só dele mesmo.
E quem disse que um ser humano não pode ter estrelas? Ontem, hoje e sempre o brilho das minhas estrelas me iluminam, me confortam, me fazem viver.
Obrigada Eduarda e Júlia por me escolherem para ser sua mãe!


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