domingo, 27 de junho de 2010

O mundo é MEU

Como é bom ter 50 anos do jeito que quero ter 50 anos. Sempre fui assim, meio metida a aparecer, nunca confessei isso, mas agora posso fazer.Nem sei se sou, mas sei que me sinto, e esse sentimento faz com que eu me respeite mais e me respeitando mais sou respeitada, sinto nas pessoas cuidado, atenção e uma vontade de ouvir o que eu tenho a dizer.
Optar por isso, assumir isso é doloroso no início, difícil, mas prazeroso no final, é o que queremos.
Os desafios tão próprios dos jovens, cabem em mim na medida e me fazem jovem como sempre, posso ser apaixonada aos 50 como na adolescencia, posso rir como sempre, posso dançar, posso chorar no filme triste, posso falar sozinha na rua ( uma delícia), posso correr, posso sonhar e dentro disso, posso e consigo cumprir metas, não como antes, agora, posso ter tudo isso de antes, com a determinação e a vontade urgente de vencer, posso correr pelo tempo que ainda vem, sem deixar de olhar para "antes" mas não parando, não perdendo tempo e não perder esse mundo tão rico de surpresas que só pude prestar atenção aos 50. Posso criar o Projeto 50, me desafiando a correr vencer todas as minhas limitações, do meu corpo, do meu organismo e conseguir, oi pelo menos sonhar que vou concretizar esse projeto. Correr 21km para a felicidade de conseguir completar e vencer um desafio. Ainda bem que tempo tive para saber que esse mundo é MEU!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Menos Pausa....


Recebi um email minha prima Mag falando sobre meu blog e como ela tinha se identificado com o post sobre o medo e a vontade de vencer desafios, ela dizia que nesta nossa idade, tudo mudava em função principalmente da Menopausa, parei prá pensar naquilo e resolvi desenvolver, afinal, eu estou nela,
O termo menopausa vem do grego mēn (mês) e paûsis (interrupção, pausa) - numa clara referência à interrupção do ciclo menstrual. Deixamos de produzir hormonios e nosso organismo, antes de se adaptar, faz uma reviravolta em nosso corpo, nos apresenta calores, mau humor, calores, falta de libido e mais calores, parece que do pescoço prá cima vivemos em uma caldeira, o risco de osteoporose aumenta, a insonia chega, calores persistem...não queridos gregos, não é só uma pausa na menstruação, é muito mais, é o risco , é o medo é a vida te dizendo que voce está envelhecendo, é a hora da tal " metade da vida", quem disse que vou viver 100 anos? é a hora do malfadado "senhora", é a hora que muitas mulheres se entregam e simplesmente aceitam a osteoporose, o reumatismo, o sedentarismo.
Mas estamos no século 21, tivemos acesso as descobertas , sabemos que podemos fazer nosso corpo mudar de atitude, que mesmo sem menstruar, podemos fazer o que temos de melhor se esparramar em nós. O exercício físico nos proporciona isto. Eu, consigo me manter com a corrida. Ela me faz não deixar esse estado interferir na minha qualidade de vida.
Os poucos neuronios capazes de produzir a Serotonina trabalham e ela trabalha a nosso favor, no nosso sono, apetite, afasta a depressão , a ansiedade e a Endorfina, que merece ser colocada aqui a sua definição "as endorfinas foram descobertas em 1975. Foram encontradas 20 tipos diferentes de endorfinas no sistema nervoso, sendo a beta-endorfinaa mais eficiente pois é a qual dá o efeito mais eufórico ao cérebro. Ela é composta por 31 aminoácidos. A endorfina é produzida em resposta à atividade física, visando relaxar e dar prazer, despertando uma sensação de euforia e bem-estar."
E vou te dizer, vicia, porém, na minha opinião é o único vício que vale a pena adquirir. Não só pelo bem estar que esses hormonios proporcionam, mas pelo bem que faz ao nosso corpo e mente, nos torna mais seguras em relação ao nosso corpo, a pele melhora, o humor também, tudo fica muito bom, voce esquece a tal "metade da vida e segue feliz , construindo, se desafiando, conseguindo se movimentar, por isso eu me defino, Estou na MENOS PAUSA e mais movimento.
Estou feliz!


domingo, 6 de junho de 2010

Sendo Deus meu maior desafio 2... Para eu entender.

Comecei a escrever este título, no meu longão da semana passada, corri a Orla Leblon/Copacabana e voltei, queria falar do que me impressionou a vida toda e que agora posso reparar e imaginar: a natureza, ou melhor a perfeição de tudo que vejo nas montanhas, no mar, na terra. Parece lugar comum, mas não, é constatação mesmo, é outra visão do mundo. Tá complicando, vou explicar: Quero dizer que hoje, no meu treino, como sempre a corrida me proporcionando essa mexida no cérebro, percebi que meu maior desafio, DEUS, através dessa perfeição da natureza, me mostra que ELE existe, não sei como, mas me mostra no "shape das montanhas, na simetria das ondas, na queda de água no meio de uma Floresta, me mostra quantas voltas eu dei na vida (sempre necessárias) para chegar a esse novo olhar do mundo, que é Deus, que nesse meu maior desafio, me colocou em tantos desafios, principalmente o de conseguir parar de fumar primeiro, depois me exercitar até descobrir a corrida, partir para desafios aparentemente impossíveis, vencer um a um e nesse circulo chegar a lugares nunca antes percebidos, para neles perceber a existência, a criação ou simplesmente a presença de DEUS.
Sendo voce o meu maior desafio, Deus, estou notando o quanto voce é perfeito, me largou nesse turbilhão de desafios para que Voce passe a ser enfim o meu maior conforto.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Tudo diferente.


Sempre em uma corrida, fico muito concentrada em cada passo que dou, costumo ligar o local em que estou correndo a memórias de algum tempo, isso me faz desligar o mundo real e só aproveitar a endorfina para viajar. é muito gostoso fazer isso. Essa corrida a 10 Milhas Mizuno não foi assim, foi muito tudo diferente, começando pela véspera.
é impressionante como o ser humano tem medo do fracasso. Falo de mim mesma, em tudo que comecei na vida, muitas vezes não cheguei ao fim pelo medo de fracassar.
Mas agora, nesse meu projeto 50 anos, que engloba tudo , inclusive apertar aquele botãozinho famoso e seguir em frente, fico impedida de desistir. Porém o corpo padece com aquele "inimigo meu" o meu sub consciente,e fiquei resfriada , me sentindo mole, garganta arranhando, etc e tal.
Seria mais um passo e eu aqui com medo, mais um medo e eu querendo vencer, precisando correr, para me sentir mais segura para a Meia Maratona, projeto onde tudo começou. E a gripe persistiu, ou melhor, o medo, com um discurso totalmente diferente do que se passa dentro de mim, medo, medo de falhar, de fracassar, mas sem vergonha de confessar. Opa! Confessar melhora o medo, antes eu não confessava, hoje tenho o botãozinho, a prova é comigo mesma, devo a mim mesma esse passo a mais no meu projeto, na minha vida, e lá fui eu para a corrida.
Prá começar, não estava sozinha, sempre largo sozinha, desta vez encontrei a Renata, a Eugenia, o Joaquim , o Rafael, a Elisa antes da largada. Larguei com a Eugenia do meu lado e com meu coração disparado de medo, nariz entupido, tenis novo e vestida de rosa, será que vou conseguir? Não ouvi a musica que tocava, parti prá cima daquele Aterro prestando atenção nas pessoas, no quanto faltava vencer, se eu conseguiria chegar, andar, jamais, preferia parar. Tudo estava diferente, coração disparado, medo, falta de ar, medo, gripe, medo, perdendo as forças, medo de interromper meu projeto. Porém, de medo em medo, sem sentir a endorfina, sem viajar, acordada o tempo todo, comecei a sonhar a 800 metros , ouvi a musica que tocava no meu ipod, tocava "Imagine" e eu nem vi mais nada só que já tinha cruzado mais um degrau do meu objetivo, que eu pude vencer o medo de 50 anos e que sem ele, o medo, eu me sentia uma pessoa LIVRE.